Arte como terapia

Arte como terapia

Encontramos mensagens morais - mensagens que incentivam o nosso lado melhor - em obras que, à primeira vista, parecem não ter muito interesse em nos ‘dizer’ qualquer coisa. Alguns objetos são uma homenagem suprema à virtude da modéstia e ressaltam essa qualidade, deixando pequenos defeitos evidentes na superfície, mostrando as imperfeições.

As falhas apenas mostram o desinteresse na corrida pelo status. Um objeto imperfeito tem a sabedoria de não pedir que o julguem muito especial, não é humilde, apenas contente com o que é. Uma pessoa dada à arrogância ou à ansiedade sobre seu status no mundo, que se aflige para ser reconhecida, pode se comover intensamente e até se encorajar ao ver um objeto assim. Enxergar com tanta clareza o ideal de modéstia talvez lhe mostre como está longe dele. 

Seria plenamente compreensível se alguém que no fundo é bom e sincero, cuja arrogância não passa de um hábito criado para proteger uma parte vulnerável, ao contemplar esse objeto começasse a sonhar com uma mudança de vida sob a égide dos valores obtidos nele.

A arte pode poupar nosso tempo - e salvar nossa vida - com alguns lembretes profundos e oportunos sobre equilíbrio e bondade que jamais devemos supor que já conhecemos o suficiente” (do Alain de Botton - A arte como terapia).

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